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Lucarocas, a Arte de Ser
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CEARÁ, UMA HISTÓRIA PRA SE CONTAR
CEARÁ, UMA HISTÓRIA
PRA SE CONTAR
                                 Lucarocas

Para a gente conhecer
De um povo a sua glória
É preciso reviver
O arquivo da memória
Para poder descobrir
E depois se construir
Os fatos  da sua história.

E a história do nosso estado
Não é assim diferente
Vamos fazer resgatado
Os traços de sua gente
Para nesse registrar
E toda história mostrar
De modo bem atraente.

Bem antes dos invasores
A nossa terra habitar
Índios eram moradores
De todo e qualquer lugar
Aqui moravam os Tupis
Tabajaras, Cariris
E o povo Potiguar.

Dom João de Portugal
Pra ter sua garantia
E numa ação legal
Todo Brasil dividia
E pra marcar região
Dividiu tudo em porção
Chamado capitania.

A divisão ele fez
Pras terras melhor cuidar
E foi um bom português
Que veio administrar
O Siará nordestino
Que tinha no seu destino
Tudo por aqui mudar.

Mas o Antonio Cardoso
Não gostou do que ele viu
Viu um terreno arenoso
E nada aqui construiu
Mesmo lutando com afinco
Em quinhentos e trinta e cinco
Pegou as coisas e partiu.

Depois outro português
Veio em uma expedição
Em mil seiscentos e três
Foi ocupar a região
Não trazendo muita cousa
Pero Coelho de Sousa
Fez a colonização.

Às margens do Pirangi
De Siará batizado
Fundou-se um forte ali
Pra se ter assegurado
Todo o direito que tinha
E assim Pero mantinha
O que havia conquistado.

Pero teve que enfrentar
Os índios da região
Pois não iam trabalhar
Na forma de escravidão
E na luta contra a sorte
Destruíram todo o forte
Pra ter a libertação.

E os europeus migraram
Dalí pra outro lugar
E novas terras chegaram
Para poder se instalar
E as margens de rio imenso
O Forte de São Lourenço
Tiveram que levantar.

Mas em seiscentos e sete
Uma seca se alastrou
E muita morte comete
Nas vidas que visitou
E vendo o chão tão vermelho
O jovem Pero Coelho
Tudo ali abandonou.

Com cinco anos passados
Martins Soares Moreno
Mas outros são enviados
Para explorar o terreno
Parando aqui e acolá
Foi no Rio Siará
Que fez o seu porto pleno.

E vindo dos verdes mares
Tendo no rio ancorado
Foi que o Martins Soares
Fez um forte edificado
E assim desbravador
Do Ceará fundador
Ele é considerado.

Na Barra do Ceará
Onde houve a atracação
Já foi erguida por lá
Uma grande construção
Que depois de terminada
Foi logo então batizada
Forte São Sebastião.

Assim a capitania
Começou a prosperar
Mas com a pirataria
Com o forte a atacar
E índios em oposições
Também faziam invasões
Para tudo exterminar.

Seiscentos e trinta e sete
Foi ano de invasão
Aos holandeses compete
Essa nova atuação
E com espírito de mau
Coube a Maurício de Nassau
Tomar o São Sebastião.

E aquela expedição
Foi toda então dizimada
E uma outra ocupação
Foi por Beck chefiada
E um forte edificando
Foi ali se transformando
Aquela área ocupada.

E depois dos holandeses
Esse forte foi tomado
Agora por portugueses
Pelo Álvaro chefiado
E dentro de sua braveza
O forte de Fortaleza
Foi por ele nomeado.

Chamada vila do forte
Ou vila de Fortaleza
Ceará teve o suporte
Das benções da natureza
Banhado por verdes mares
Recebe sempre os olhares
Pela divina beleza.

Numa estrutura de paz
Uma vila então se fez
Batizada de Aquiraz
Se firmou com solidez
Do Ceará a capital
Tentou ser oficial
Para crescer de uma vez.

Fortaleza a capital
Foi a cidade escolhida
Fincada no litoral
É grande e fortalecida
Traz no seu nome a nobreza
Por ser assim Fortaleza
Uma cidade querida.

Ceará dos verdes mares
De jangadas multicores
De diferentes falares
De mais diversos valores
Estado de um povo artista
De safra de humorista
Da Fortaleza de amores.

A terra de Alencar
Muito talento produz
Temos sol sempre a brilhar
Na cor que no mar reluz
É por Deus abençoada
Por isso que é chamada
Ceará terra da luz.

Muita história dessa terra
Se tem para relatar
Mas aqui a gente encerra
Nosso modo de narrar
Mas deixamos na memória
Mais um filete de história
Pra noutro cordel contar.

Fortaleza, outubro de 2013.



Lucarocas
Enviado por Lucarocas em 01/11/2013
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