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Lucarocas, a Arte de Ser
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A ESCOLA DA ENGANAÇÃO
A ESCOLA DA ENGANAÇÃO
                                    Lucarocas

Analisando estatística
Dos saberes da nação
Vamos ver nesse país
A baixa colocação
Que entristece a todos
Dos quadros da Educação.

Será só no nosso estado
Ou é em todo Brasil
Que a nossa educação
Engana com mais de mil
Tentando se sustentar
Num enganoso perfil.

Escolas há aos montes
Aqui e em todo lugar
Mas a evasão é tanta
Que não dá pra controlar
Pois o aluno de hoje
Não gosta de estudar.

E também por outro lado
Tem o mestre professor
Que vive do seu trabalho
Sem ninguém lhe dá valor
Terminando sendo apenas
Um simples repassador.

Mas por capricho da sorte
Se alguém quiser aprender
São poucos os professores
Que cumprem bem seu dever
E tentam com muito esforço
Toda questão resolver.

Tem aqueles que acreditam
Na força da educação
Mas logo eles são chamados
De puxa-saco ou babão
E quando a coisa é errada
Ele passa a ser vilão.

Quando algum professor quer
De certo bem trabalhar
Vem sempre alguém com maldade
Querendo lhe atrapalhar
Mostrando que na escola
Ninguém quer mesmo estudar.

Na escola de hoje em dia
Não há mais motivação
O professor ganha pouco
Para cumprir sua missão
E a maioria do aluno
Só quer mesmo a refeição.

O aluno vai à escola
Somente para comer
Quando lhe falta a merenda
Lhe bate um entristecer
E com a barriga vazia
Não dá gosto de aprender.

Não se ver mais disciplina
Na convivência da escola
Muitos alunos só querem
Um belo jogo de bola
Enquanto alguns professores
Fazem seu jogo de enrola.

É um tal de fingimento
Que logo então se propaga
Professor finge que ensina
Governo finge que paga
O aluno finge que aprende
Pra não perder sua vaga.

Muitas escolas de hoje
São um depósito de gente
Apenas guardam alunos
Pra formar um contingente
Que vai beneficiando
Da escola o dirigente.

Para poder se eleger
E garantir mais um pleito
Tem diretor que desmanda
E faz tudo do seu jeito
Tirando do professor
Todo valor e respeito.

Hoje na escola o que conta
É a tal da estatística
Juntam tudo fazem número
Numa nojenta política
E quem pensa que aprende
Na verdade se complica.

O jovem não estuda mais
Não busca mais aprender
Leva tudo em brincadeira
E não cumpre o seu dever
Gerando analfabetismo
Que é de entristecer.

Não fazem suas tarefas
Não querem fazer lição
Se negam às atividades
E a qualquer avaliação
Pois lhe garante o sistema
Sua não reprovação.

O sistema não reprova
Enganando o alunado
Que pensa que está sabendo
O conteúdo estudado
Mas quando o mundo lhe cobra
Ele então sai reprovado.

É tanto analfabetismo
Que a escola vai promovendo
E os jovens se enganando
Pensam que estão aprendendo
Mas na hora de um concurso
Ficam somente sofrendo.

Se é de escola pública
O alunado em questão
Fica muito complicado
A sua situação
Pois em certos ambientes
Só passa por humilhação.

A educação em geral
Está ruim por demais
Tem gente que vai à aula
Mas não aprende jamais
Pois quer fazer na escola
O que em casa não faz.

A escola facilitou
Tudo pro seu alunado
Mas lhe tirou o limite
Para ser bem educado
E assim todo esse aluno
Foi outra vez enganado.

Resta agora ao sistema
Todo um milagre fazer
E criar um mecanismo
Que venha a favorecer
Ao professor que ensina
O aluno a aprender.

Mas o milagre só existe
Se houver uma devoção
Se respeitar professor
Dando valorização
Pois ele é o sustentáculo
Que mantém a educação.

Se agora nada for feito
Com o sistema reformado
Teremos a mesma escola
Com o aluno enganado
E o perfil da educação
Mais uma vez reprovado.

Fortaleza, 14/05/2007.
PS.: ACREDITA-SE QUE SE POSSA CHEGAR A TÃO SONHADA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.














Lucarocas
Enviado por Lucarocas em 19/11/2011
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